quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Processos







Processo de Maria Cardosa


Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 9392 Acusada de Judaísmo, é natural e moradora em Tões, termo de Armamar, Bispado de Lamego, tem 16 anos de idade e por ser menor de 25 foi-lhe nomeado Curador Filipe Neri, capelão dos cárceres da penitência, filha de Manuel Carvalho, cristão velho, almocreve, natural de São Romão, e de Domingas Cardosa, parte de cristã-nova, natural de Tões, onde são moradores, que o seu avô materno se chamava António Cardoso, é solteira, contém inventário de bens, foi presa a 20 de Setembro de 1733, tendo sido sentenciada em Auto de Fé, realizado na igreja do Convento de São Domingos, em Lisboa, no dia 24 de Julho de 1735, com as penas de ir ao Auto de Fé na forma costumada, onde abjure em forma os seus erros heréticos, tenha cárcere e hábito penitencial a arbítrio dos inquisidores, espirituais e instrução na Fé. Da excomunhão de que incorre seja absolvida. Recebeu Termo de Ida ( deportação ) e Penitências a 08 de Agosto de 1735.


Processo de Salvador Rodrigues de Faria


Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 9395 Acusado de Judaísmo, é mineiro, natural do Rio de Janeiro e morador nas Minas de Jeroca, termo do Rio de Janeiro, tem 37 anos de idade, filho de Simão Farto Dinis, mercador, e de Luzia Rodrigues de Faria, ambos naturais do Rio de Janeiro e ele morador na Roça de Bacobaiba e ela na Jeroca, que os seus avós paternos se chamavam António Farto Dinis e Catarina Gomes, e o avô materno, Diogo Rodrigues de Faria, é solteiro, foi preso a 07 de Dezembro de 1734, tendo sido sentenciado em Auto de Fé, realizado na igreja do Convento de São Domingos, em Lisboa, sem data, com as penas de ir ao Auto de Fé na forma costumada, onde abjure em forma os seus erros heréticos, tenha cárcere e hábito penitencial perpétuo, tenha penas e penitências espirituais e instrução na Fé. Da excomunhão de que incorre seja absolvido. Recebeu Termo de Ida ( deportação ) e Penitências a 16 de Agosto de 1735.


Processo de Manuel Fernandes, meio cristão-novo


Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 10184 Acusado de Judaísmo, é marinheiro, natural e morador em Buarcos, tem 33 anos de idade, filho de Manuel Fernandes Porto, cristão velho, marinheiro, e de Maria Jacome, cristã-nova, que o seu avô paterno se chamava Simão Fernandes, e os avós maternos, João Afonso e Inês Anes, é solteiro, apresentou-se a 21 de Outubro de 1675. Não contém sentença, tendo recebido termo de ida ( foi deportado ) para Buarcos e penitências a 11 de Novembro 1675. Foi cativo para Argel.


Processo de Brás de Valadares


Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 12724
Quarto de cristão-novo, acusado de Judaísmo, confeiteiro, natural de Beja, morador em Sevilha, no Reino de Castela, residente em Lisboa, de 28 anos de idade, filho de Simão de Valadares e Joana Baptista , solteiro e teve Termo de ida ( foi deportado ) no dia 26 de Junho de 1671.


Resumo do processo contra Guiomar de Leão


Estatuto Social: Cristã-Nova
Crime/Acusação: Judaísmo; Heresia; Apostasia
Naturalidade: Bragança
Situação Geográfica (Naturalidade): Bispado de Miranda
Morada: Bragança
Situação Geográfica (Morada): Bispado de Miranda
Código Idade: + Ou - 60 Anos
Pai: João de Sória, Mercador
Mãe: Isabel Pereira
Estado Civil: Viúva
Nome do Cônjuge: João Serrão, Tendeiro, Mercador, Rendeiro
Mais vítimas da inquisição


Maria Fernandes de Aguilar


Maria Fernandes de Aguilar nasceu cerca de 1611 declarando a 24.12.1664 ter 55 anos de idade. Presa nos cárceres da inquisição de Évora acusada de judaísmo.
Casou com Diogo Mexia, «o bonito», cristão-velho morador em Campo Maior em 1664, filho de Francisco Mexia e de sua mulher Isabel Fernandes referidos acima.
Catarina Rodrigues Cacela


Resumo dos processos inquisitórios contra a família Chaves


LUÍS DE CHAVES, mercador, trapeiro, ou paneiro, natural de Múrcia, (Castela – Espanha), vivia em Trancoso em 1639 e em 1642 já era casado com INÊS NUNES ou Rodrigues, natural do Teixoso ou de Múrcia, filha de Jerónimo Nunes, paneiro e mercador e de Beatriz Rodrigues.


Resumo do processo inquisitório contra Leonor Rodrigues


Leonor Rodrigues, teve processo na Inquisição (Coimbra, proc. 881), a 09/11/1663-10/03/1685, acusada de Judaísmo; Heresia; Apostasia. Casou em 26 de Julho de 1645 com Álvaro Guterres Pacheco.


Resumo do processo inquisitório contra João


Estatuto Social: Cristão-Velho; Pastor
Crime/Acusação: Proposições heréticas
Naturalidade: Celorico (da Beira)
Situação Geográfica (Naturalidade): Bispado da Guarda
Morada: Torre de Moncorvo
Situação Geográfica (Morada): Arcebispado de Braga
Código Idade: + Ou - 24 Anos
Pai: Afonso Gonçalves, Lavrador
Mãe: Isabel Pires
Estado Civil: Solteiro
Data da Prisão: 31/10/1597


Resumo do processo inquisitório contra Beatriz Henriques


Estatuto Social: Cristã-Nova
Crime/Acusação: Judaísmo; Heresia; Apostasia
Naturalidade: Torre de Moncorvo
Situação Geográfica (Naturalidade): Arcebispado de Braga
Morada: Vila Flor
Situação Geográfica (Morada): Arcebispado de Braga
Pai: António Henriques
Mãe: Filipa Rodrigues
Estado Civil: Casada
Nome do Cônjuge: João Lopes, Tratante
Data da Prisão: 01/12/1583




Fonte: Cafetorah



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Quem é sábio?








Quem é sábio?
Aquele que aprende com todos.
Quem é poderoso?
Aquele que se conquista a si mesmo.
Quem é rico?
Aquele que se contenta com o que tem.
Quem é honrado?
Aquele que trata a todos honradamente.




Shimon ben Zoma (século II), Talmude
 Pirkei Avot 




Via: Blogue Rua da Judiaria




Rua da Judiaria





Rua da Judiaria em Alfama, Lisboa

 do pintor Alfredo Roque Gameiro







aviagemdosargonautas




Castelo Rodrigo





Castelo Rodrigo recebeu o seu primeiro foral por Afonso IX de Leão em 1209, quando este rei leonês criou o “Concelho Perfeito” de Castelo Rodrigo. Nesse mesmo ano, mandou construir as muralhas e erguer uma fortaleza.




Poço Cisterna






Fotografias retiradas de http://tipografiaportuguesa.blogspot.pt




Já em 1170, o rei D. Afonso Henriques conquista este território aos mouros e ordena a edificação do convento de Santa Maria de Aguiar.

Finalmente, a localidade é reconhecida como sendo portuguesa em 1297, pelo Tratado de Alcanices.



Um dos possíveis vestígios da presença hebraica em Castelo Rodrigo está no Poço-Cisterna, construção que apresenta duas estruturas arquitectónicas distintas, uma ao estilo gótico, a outra com arco em ferradura, denotando uma influência islâmica que, supostamente terá sido edificada ainda no século XIII. Segundo a tradição local, poderá ter pertencido à cisterna/mikvé existente na sinagoga desta povoação. 





Via: zivabdavid.blogspot.pt/2014/03/judiaria-de-castelo-rodrigo.html  
aldeiashistoricasdeportugal.blogspot.pt/2009/03/cisterna-casa-de-campo-e-antiga.html




segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Judeus no Ribatejo: uma causa (também) de Bernardo Santareno...‏









Bernardo Santareno nasceu em Santarém (19.Nov.1920) e é considerado o maior dramaturgo português do século XX. Não foi por coincidência que a sua narrativa dramática, O Judeu (retrata o calvário do dramaturgo setecentista António José da Silva, queimado pelo Santo Ofício), se assumiu como uma obra de cariz intervencionista, o que retardou até à queda do regime fascista a sua divulgação e representação. O Judeu está perspectivado para o nosso tempo, para a problemática de “hoje, dia-a-dia”. No final da peça, o espírito que levou às atrocidades não se extingiu com a extinção da Santa Inquisição: e veio tomando várias formas através dos tempos (sem esquecer as chacinas nazis!). O espírito é o mesmo: mudam as motivações superficiais, mas as profundas mantêm-se. 






Ver mais aqui: http://noticiasdoribatejo.blogs.sapo.pt/488014.html