terça-feira, 30 de junho de 2015

Por allí pasó un cavallero




Diáspora Sefardita - Romances e Música


Montserrat Figueras - voz
Hespérion XXI
Jordi Savall










domingo, 28 de junho de 2015

Conferência




Conferência de Germano de Sousa, "Médicos Judeus portugueses ao tempo da expansão"

Dia 2 de Julho, pelas 18h30, no Auditório Armando Guebuza, na Universidade Lusófona






Ciclo Kerensia Sefardi. Cultura e Debate



Organização da AAPI



Via: Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto Benveniste"





segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quando alguém nos oferece um tesouro...



Por Carolino Tapadejo




Quando em Dezembro passado estive em Israel, numa das minhas intervenções, falei para 250 pessoas, na Universidade de Netânya.

No final, um casal veio falar comigo a informar-me que a sua família saiu de Castelo de Vide, fugindo às garras da Inquisição, indo para Esmirna, no então Império Otomano e, durante séculos guardaram a chave da porta.

Pois bem! Esta senhora, de nome, Esther Cohen, acompanhada do seu marido David, informou-me que brevemente viria a Castelo de Vide falar comigo e assim aconteceu no passado dia 31 de Maio.

Então esta deliciosa Senhora, deslocou-se até ao nosso Burgo e contou-me a história da sua família e, como não tem descendentes, ofereceu-me a chave da porta que a sua família havia levado de Castelo de Vide há precisamente 500 anos.

Foi um momento arrepiante, ver esta Senhora, hoje com 82 anos, a chorar, depositar nas minhas mãos a maravilhosa relíquia, acompanhada de outra mais pequena, certamente de um armário. É esta maravilha que agora partilho convosco. Espero que disfrutem de tão importante "pedaço" da nossa memória colectiva.



Artigo enviado por Nuno Gaspar


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Durme, durme...




Canção tradicional sefardita, magnificamente interpretada pela Brigada Victor Jara.












domingo, 14 de junho de 2015

Teatro, gastronomia e visitas guiadas





Hervás - 2 a 5 de Julho 
de 2015









Programa

Clicar nas imagens para 
ampliar




Ver mais em: http://losconversos.com/



(Informação partilhada pela amiga Sanura Nourbese)





quarta-feira, 10 de junho de 2015

Sefarad. Eterna Sefarad





Por Salvador Massano Cardoso



O tempo permite recordar certos momentos que podem ser facilmente transformados em interessantes histórias. Acontece-me frequentemente sofrer de regurgitação saborosa desses apontamentos, que, desejosos de ver a luz do dia, ajudam a construir novas ideias.
Ao ler a publicação de que os descendentes de judeus expulsos de Portugal nos séculos XV e XVI podem obter a nacionalidade portuguesa, uma forma de tranquilizar a má consciência colectiva, recordei-me de um pequeno episódio ocorrido há mais de vinte anos. 
Fui apresentar um trabalho a Jerusalém. Foi uma verdadeira epopeia chegar até lá. Fiquei com a nítida sensação de que nem um piolho ou percevejo seria capaz de furar as barreiras que tive de transpor. O congresso teve lugar fora da cidade, numa zona ocupada, um kibutz transformado em hotel. Nada mal, apesar de tudo. Era o único português. Fui confrontado com várias culturas, hábitos e costumes diferentes dos nossos. Tropeçava a qualquer momento com interessantes pretextos para fabricar histórias; imensos. Não recordo de uma semana tão profícua em termos de temas para mais tarde escrever. Não vou passar a pente fino esses acontecimentos, mas sim descrever um que me impressionou.






No dia da discussão do meu poster, fui o primeiro a chegar à sala. Mania de gaiteiro! Aparentemente estava vazia, mas ao fundo vislumbrei um militar fardado com uma pistola à cintura. Baixo, atarracado mesmo, com notória falta de cabelo, apesar de ser ainda novo, estava de plantão junto do meu trabalho. Na altura, as convulsões naquele país estavam bem acesas, como é costume. Fiquei meio apreensivo, mas continuei a caminhar. Ao chegar, o senhor perguntou-me se eu era o autor daquele trabalho. A minha inquietação cresceu porque tratava-se de um trabalho sobre epidemiologia das doenças cardiovasculares que, aparentemente, não tinha nada de subversivo e nem interesse para um militar armado. Disse que sim, que é que havia de dizer? Foi então que o militar, com barriga proeminente, baixo e com a calvície a nascer, me cumprimentou e disse mais ou menos o seguinte:- É o primeiro português que conheço. Sou médico. Os meus antepassados foram expulsos de Portugal, mais concretamente de Lisboa. Fiquei de boca aberta! O medo dissipou-se e a curiosidade aumentou em proporção inversa. A conversa continuou com o colega hebreu a fazer imensas perguntas sobre Portugal, país que gostaria imenso de conhecer. Contou-me que os seus pais falavam ladino em casa. Ele, assim como a irmã, já não sabiam falar, mas ainda rezavam nessa língua com os pais. A sua curiosidade em ver um "compatriota" (!) foi tal a ponto de estar ali, sozinho. Com mais atenção, e admiração, vi que tinha um vulgar ar de português. Ele queria conversar. A certo momento contou-me que em casa a família tinha uma velha chave. Os pais guardavam-na com muito carinho; vinha sendo transmitida de geração em geração. Era a chave da casa onde viveram os seus antepassados quando foram expulsos de Portugal. Fiquei sensibilizado com aquela descrição. A chave representou, e, talvez, quem sabe, continua a ser o símbolo da esperança de um dia poderem regressar à sua casa. Uma esperança que se acasala perfeitamente com a atribuição da nacionalidade portuguesa aos descendentes dos expulsos das suas terras.



Não sei se os pais ainda são vivos. Não sei se o médico israelita vai ter conhecimento desta decisão do governo português, mas se tiver quase que tenho a certeza de que a irá solicitar. Não é em vão que se guarda durante centenas de anos a chave da casa de onde foram expulsos. 
Interessante poder sentir a força da "nacionalidade" séculos depois da ignomínia da expulsão. 


Sefarad. A eterna Sefarad.






Via: quartarepublica.blogspot.pt




sexta-feira, 5 de junho de 2015

Beha'alotecha




Shabat Shalom!



Veronique Cheney painting

Mazal Bueno - contos e cantos sefarditas





Abertos à divulgação da nossa história, é com imenso prazer que partilhamos com os nossos estimados leitores a Companhia Artística "Cabeça de Vento" e seu espectáculo Mazal Bueno, dedicado às tradições culturais sefarditas. 








Em Portugal todas as narrações são feitas em português.​ No caso das canções, estas são originalmente em judeo-espanhol, idioma que mantemos independentemente do país onde actuamos. 


MAZAL BUENO ​é um recital de músicas e contos sefarditas do Mediterrâneo.
A música sefardita canta a própria vida, com as suas canções para brincar, canções-receita para cozinhar, canções-conto ou romances, canções de amor, canções de boda e canções de morte.​


MAZAL BUENO ​tenta reconstruir esta linha da vida não só com canções, mas também com pequenas narrações que de forma poética contam os costumes destas comunidades, o périplo do êxodo a que se viram forçadas, as artimanhas de 'camuflagem' para sobreviver à Inquisição e o trabalho de memória e saudade que manteve e mantém uma língua viva no exílio, cinco séculos depois.



Contacto: a.cabeca.de.vento@gmail.com

https://www.behance.net/cabecadevento










quinta-feira, 4 de junho de 2015

XVI Jornada Europeia da Cultura Judaica




Dia 6 de Setembro de 2015







Bairro Judeu de Segóvia


Para mais informações:


juderia@turismodesegovia.com
reservas@turismodesegovia.com




Via: www.redjuderias.org






Livro




O Segredo de Barcarrota 
A Estranha História de Um Mistério Ibérico do Século XVI


Sérgio Luís de Carvalho 

Edição / Impressão / 2011 
Editora / Oficina do Livro 




Sinopse 



Barcarrota, Verão de 1556. Em Barcarrota, o médico cripto-judeu Francisco de Penharanda leva uma vida pacata. Contudo, algumas sombras toldam a sua vida (e a sua fé). Numa época em que as trevas da inquisição se adensam, o médico tem de rezar em clandestinidade, contando com a cumplicidade dos vizinhos e até do pároco local, frei Miguel de Santa Cruz, um bizarro clérigo que garante conversar com o diabo. 


A sua mulher, dona Guiomar, padece de uma doença mental degenerativa que lhe abrevia os momentos de lucidez. Desenganado já da sua inútil medicina, Francisco de Penharanda volta-se para terapias cada vez mais estranhas e interditas. Para tal conta com o auxílio de um antigo discípulo, o português Fernão Brandão, médico em Olivença. É esta importante personagem quem lhe fornece os livros esotéricos (de quiromancia, de astrologia, de exorcismo) com que o velho médico tenta, em desespero, sarar a mulher. Porém, de mês para mês, o ambiente na vila piora. Frei Miguel de Santa Cruz é substituído por Frei Ruiz do Monte Sinai, um frade que oscila entre uma indisfarçável simpatia e um atroz calculismo, sempre enquadrados por uma cultura enciclopédica. No Outono de 1556, a vila muda drasticamente. O cerco aperta-se sobre o médico. Num momento de lucidez, dona Guiomar apercebe-se do risco que o marido corre. A meio da noite abandona a sua casa e suicida-se nas profundezas da ribeira de Alcarrache, perto da vila, onde a família tem um moinho e onde há anos haviam enterrado os objectos rituais da sua fé judaica. A morte de dona Guiomar liberta Francisco de Penharanda.




terça-feira, 2 de junho de 2015

Contribuição | Junho 2015





02 Junho 2015

Caros amigos, hoje levámos a cabo mais uma entrega de roupa e brinquedos. Desta vez a organização escolhida foi a

 Aldeia de Crianças S.O.S.




Na impossibilidade da nossa parte de o fazermos ontem, no Dia Mundial da Criança, fizemo-lo hoje, que também é o Dia Mundial da Criança, tal como todos os dias do ano.




Queríamos deixar aqui um agradecimento muito especial à Paula Rodrigues que tem sido incansável em todas estas acções, contribuído sempre em quantidade e acima de tudo em disponibilidade total para este tão nobre efeito.


Paula Rodrigues, Manuela Videira, Rafael Baptista e Carlos Baptista