Espírito Livre
Este blogue é dedicado ao judaísmo no seu sentido mais amplo. É um espaço de estudo e partilha sobre religião, património cultural e história de personalidades ou regiões judaicas. Desde já convidamos todos os que estiverem interessados em participar a fazê-lo da seguinte forma: Poderão enviar os vossos textos, fotos, pinturas e vídeos para o seguinte email: Isaacabravanel.espaco@gmail.com Contacte-nos para mais esclarecimentos. Este espaço é de todos. Participem, nós contamos convosco!
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
domingo, 20 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
Jerusalem Quartet na Gulbenkian
Haydn, Bartók, Dvorák
Quarta, 16 Dezembro - 19h00
Grande Auditório
JERUSALEM QUARTET
ALEXANDER PAVLOVSKY (violino)
SERGEI BRESLER (violino)
ORI KAM (viola)
KYRIL ZLOTNIKOV (violoncelo)
Joseph Haydn
Quarteto para Cordas em Sol Maior, op. 77, nº 1
Béla Bartók
Quarteto para Cordas, nº 6
Antonín Dvorák
Quarteto para Cordas, nº 12, em Fá Maior, op. 96, «Americano»
Via: www.gulbenkian.pt
sábado, 5 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Jornadas Sefarditas - Lucena (Espanha)
De 17 a 21 de Dezembro de 2015
Nesta edição, as jornadas alargam a sua dimensão académica no território de Sefarad, já que, além de contar com as contribuições da Red de Juderías de España - Caminos de Sefarad, poderão contar com a participação da Rede Judiarias Portugal.
Fonte: Red de Juderías de España
Caminos de Sefarad
domingo, 1 de novembro de 2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Oração
"Bendito tu, Adonai nosso Deus, Rei do Mundo que nos santificaste nas santas encomendações, benditas e santas, santas e benditas, nos recomendaste pelos teus profetas para distinguir o teu santo dia e nele repousar. Ámen."
Prece recolhida por Amílcar Paulo em terras de Carção, Argozelo e
Vimioso, em: "Os judeus Secretos em Portugal".
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Monoteísmo e Messianismo Judaico
Aula aberta
A área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona abre a frequência como Curso Livre da sua cadeira de mestrado em «Monoteísmo e Messianismo
Judaico», leccionada por Paulo Mendes Pinto.
O Início será marcado por uma Aula Aberta para a qual todos estão convidados e que terá lugar no dia 26 de Outubro pelas 20h00.
Local: Sala 2.3., Ed. da Biblioteca
Universidade Lusófona, Lisboa
Apresentação:
Com o advento do I milénio a.C., a vasta zona da Síria e de Canaã vê surgir uma nova forma de conceber a divindade. Único e exclusivista, o "deus" monoteísta requer um grupo de compromissos, de laços e de identidades que não mais vão largar a forma de conceber Religião no mundo Mediterrânico, primeiro, e em todo o planeta, depois.
Com este curso pretendemos olhar para as implicações mentais, sociais e religiosas da adopção dessa revolução, debruçando-nos sobre as manifestações e textos judaicos. Ao longo de uma história de três milénios, o Judaísmo formulou, não apenas o monoteísmo, assim como a sua principal expressão na forma de encarar o tempo e o próprio Humano: o Messianismo.
Dentro deste quadro monoteísta e com a fundamental componente do messianismo enquanto justificação do tempo, olharemos para as diversas tradições culturais, religiosas e místicas que ao longo do tempo o judaísmo foi elaborando na matriz cultural ocidental.
Mais informações através do e-mail: pmpgeral@gmail.com
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Curiosidades Judaicas | Vila do Soito - Sabugal
Vila do Soito
Foto de Duarte Fernandes Pinto
do blog portugalfotografiaerea
É tradicional ligar os apelidos de árvore aos judeus que, à
data da expulsão, foram obrigados a converter-se ao cristianismo e, no baptismo
cristão, adoptaram nomes de árvores em substituição dos nomes judeus que até
então tinham. Carvalho, Oliveira, Pereira, são apelidos habituais no Soito.
No entanto, há outros nomes e apelidos que também terão a
sua origem nesta fase da história dos portugueses. Um deles é o “RITO”, que,
segundo opiniões avalizadas, estará ligado ao rito religioso que os judeus praticavam.
Com o nome “Rito” seria então a pessoa que presidia ou organizava o rito, ou
então o guardador / vigia do rito, que ficava à porta da casa onde se faziam as
celebrações, para dar sinal aos participantes de algum perigo que se
aproximasse.
Se se confirma que o nome “RITO” tem esta origem judaica, o
Soito seria uma população onde predominava o judaísmo. De facto, o apelido mais
frequente na população do Soito é o “Rito”.
Existe documentação que confirma que em determinada época
da inquisição foi pedido às autoridades da região que, para efeitos de
testemunhar em processo inquisitorial, informassem quantas famílias havia no
Soito que não fossem judias e só foram indicadas duas.
No repovoamento desta zona, séc. XI, XII e XIII, os judeus foram
protegidos ou pelo menos não hostilizados pelo reino de Leão e fizeram parte
dinâmica da ocupação e desenvolvimento destas terras. Com a perseguição do séc.
XV que culminou com a expulsão dos judeus de Espanha em 1492, pelos Reis
Católicos, muitos vieram abrigar-se em Portugal. Sabemos que dos cerca de 400
mil judeus expulsos de Espanha, cerca de 100 mil vieram para Portugal e 35 mil
atravessaram a fronteira nesta zona. Não é pois de admirar que a comunidade
judaica do Soito tivesse acolhido vários irmãos vindos de Espanha. Só que, 4
anos depois, em 1496, o rei de Portugal, D. Manuel, foi obrigado pela rainha
espanhola Isabel, a católica, como condição para o casamento com a sua filha, a
decretar a expulsão dos judeus de Portugal.
D. Manuel garantiu aos que se convertessem ao cristianismo
a permanência no reino. Os conversos deveriam gravar uma cruz na soleira da
porta, como prova da sua conversão. D. Manuel não permitiu que os convertidos
fossem molestados mas os seus sucessores deixaram que o tribunal da Inquisição
os perseguisse e investigasse as suas práticas rituais. Aparece então o “Rito”,
o vigilante ou o celebrante do ritual judeu, praticado às escondidas pelos que
supostamente se tinham “convertido” ao cristianismo.
Estas considerações são essenciais para compreender alguns
sinais existentes nas casas do Soito, que evidenciam a presença judaica.
Na recente reconstrução da casa dos seus avós que fez a D.
Amália Rito, ficaram evidentes esses sinais. Na soleira da porta está a cruz. É
verdade que só esse facto não quer dizer que a casa fosse de um judeu
convertido, pois a cruz é um sinal cristão que, por princípio, qualquer cristão
piedoso pode pôr nas suas propriedades. Os frades franciscanos, a partir do
séc. XIII, promoviam essa forma de manifestação religiosa.
Mas na soleira da porta da casa da D. Amália há outro sinal
que poderá ser próprio de casa de judeu. É um buraco escavado na pedra da
soleira que poderia ter sido uma “MEZUZAH”, sítio destinado a guardar a
“SHEMA’ISRAEL” (Ouve Israel), papel com dizeres que lembram ao judeu a sua fé.
Os dizeres mais normais desse papel são:
“Ouve Israel, o Senhor nosso
Deus, o Senhor é um” ou “Deus
de Abraão, Deus de Isaac, Deus
de Jacob”
Na casa da D. Amália há ainda uma pedra que ficou visível
com a retirada do reboco e que tem desenhada a parte inferior duma cruz. Esta
pedra está incorporada na parte da actual varanda e ressalta desde logo que é
parte de outra pedra que teria o resto da cruz. A pedra completa poderia ser a
toça, ou pedra superior de uma porta. Pelas suas características construtivas,
ressalta a um observador minimamente conhecedor da técnica de construção de
casas, que a parte da actual varanda da casa da D. Amália é um acrescendo,
feito em época posterior à construção do resto da casa. O acrescento era um
“parame” (alpendre), indispensável para ter lenha e giestas secas perto da
cozinha.
Foto: Soleira da porta, com a cruz na pedra de cima e a mezuzah na pedra de baixo.
Conclusão lógica será que esta parte de pedra incorporada
no “parame” foi, por certo, retirada de outra construção de casa antiga,
necessariamente de outra casa da mesma família, talvez em época em que a
questão dos sinais judaicos já não faziam sentido.
Coincidência ou não, a avó da D. Amália, proprietária da
casa, falecida nos anos cinquenta do século passado, chamava-se Ana Manso Rito.
Aqui fica uma recordação e homenagem a uma mulher que poderia ter sido
descendente de judeus e que tinha virtudes que levaram os cristãos que a
conheceram a afirmar que se ela não foi para o céu, então nenhum dos
cumpridores dos mandamentos cristãos, será merecedor de ir para lá.
Fontes:
http://www.cilisboa.org/documents/tikva_08/bu_8_66.pdf
Artigo que foi publicado no
jornal de Soito pelo Dr. Rito Pereira.
Colaboração de Saghi Koshet
http://soitoimagens.blogspot.pt/2011_12_01_archive.html
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Olhares - Vila Flor
Por entre ruas e ruelas da antiga Judiaria de
Vila Flor
Fotografias de R@fael Baptista
(Setembro de 2015)
domingo, 4 de outubro de 2015
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Troca 2015
Está de volta a Campanha "Troca a Tua Manta por um
Sorriso", criada pelo Supperday para a Comunidade Vida e Paz. De 16 de
Setembro a 18 de Outubro, poderá participar na 2ª edição desta campanha, doando
uma manta, que será entregue aos sem-abrigo.
Basta fazer a selecção da(s) manta(s) que já não usa ou pretende doar, dirigir-se aos postos de correio CTT e, através das caixas solidárias lá
existentes, gratuitas, enviá-la(s) para a Comunidade Vida e Paz, sem qualquer
custo ou sacrifício!
Uma outra forma de entregar mantas à Comunidade Vida e Paz é
directamente na Sede desta instituição, na Rua Domingos Bontempo 7, 1700-142
Lisboa.
Apoie esta causa...
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
A reflexão eleva o indivíduo...
"A reflexão eleva o indivíduo, permitindo-lhe dominar o carácter defeituoso e assenhorear-se da própria dignidade."
Moisés Maimónides
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Outono Sefardita em Córdova
Até dia 27 de Setembro de 2015
Evento organizado pela Red de Juderías de España, no âmbito do dia Europeu da Cultura Judaica.
Córdova torna-se assim no epicentro da cultura hebraica durante o mês de Setembro.
Córdova orgulha-se de ter sido a cidade das três culturas, que coexistiram pacificamente por algum tempo, a muçulmana, a cristã e a judia, convertendo esta urbe como o maior centro cultural e económico de todo o Ocidente.
Fonte: www.cordoba24.info
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Ciclo de Cinema "Imagem e Memória"
Já na sua IV edição, o ciclo de cinema "Imagem e Memória" apresenta um conjunto de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, destacando-se temas como o Holocausto.
A projecção de cada filme é acompanhada de um debate sobre a temática, contando sempre com a presença de convidados ligados a várias áreas da cultura.
Este ciclo de cinema terá lugar no Espaço Memória dos Exílios.
Esta iniciativa tem a parceria da Memoshoá - Associação Memória e Ensino do Holocausto.
Será apresentada no mesmo dia 11 de Setembro (amanhã), a exposição “Fragmentos da Segunda Guerra: objectos e propaganda” , que teremos a oportunidade de ter em simultâneo durante o ciclo, pertença dos coleccionadores António Fragoeiro e Carlos Guerreiro
Programa
11 de Setembro | 21h00
Amen, realizado por: Costa-Gravas
Comentado por: Cláudia Ninhos
12 de Setembro | 15h00
Valquiria, realizado por: Bryan Singer
Comentado por: Fernando Rosas
18 de Setembro | 21h00
John Rabe- O Negociador, realizado por: Florian Gallenberger
Comentado por: António Louçã
19 de Setembro | 15h00
Invencível, realizado por: Angelina Jolie
Comentado por: Carlos Guerreiro
26 de Setembro | 21h00
O Resgate do Soldado Ryan, realizado por: Steven Spielberg
Comentado por: Sérgio Campos Matos
27 de Setembro | 15h00
A Zona Cinzenta, realizado por: Tim Blake Nelson
Comentado por: Isabel Capeloa Gil
2 de Outubro | 21h00
Moloch, realizado por: Alexandr Sokurov
Comentado por: Elsa Mendes
3 de Outubro | 15h00
O Homem Decente, realizado por: Vanessa Lapa
Comentado por: Esther Mucznik
9 de Outubro | 21h00
Europa, Europa, realizado por: Agnieszka Holland
Comentado por: Adérito Tavares
10 de Outubro | 15h00
Fuga de Sobibor, realizado por: Jack Gold
Comentado por: Irene Pimentel
16 de Outubro | 21h00
Ida, realizado por: Pawel Pawlikowski
Comentado por: António Marujo
17 de Outubro | 15h00
Hannah Arendt , realizado por: Margarethe von Trotta
Comentado por: José Gomes Pinto
30 de Outubro | 21h00
Rescaldo, realizado por: Wladyslaw Pasikowski
Comentado por: Ricardo Presumido
31 de Outubro | 15h00
O que ama a vida. A história de Avraham Aviel, realizado por: Yad Vashem
Comentado por: Jochen Oppenheimer
Nota: Poderá haver alteração aos conferencistas.
Via:www.cm-cascais.pt
Os judeus em Silves na Idade Média
Por José Manuel Vargas
(...) Uma breve síntese do estado actual do conhecimento sobre a comunidade judaica de Silves nos séculos XIII a XV, ou seja, desde a conquista cristã do Algarve, no reinado de D. Afonso III, até à expulsão dos judeus, no reinado de D. Manuel I.
Séc. XIII
A primeira notícia escrita conhecida sobre os judeus de Silves, encontra-se no foral dos mouros forros, dado a Silves, Tavira, Loulé e Faro, em 12 de Julho de 1269: "mando que nenhum meu cristão ou judeu tenha poder de fazer-vos mal ou força, mas quem for o vosso alcaide ele próprio vos julgue". Poucos anos volvidos, em 1276 (14 de Fevereiro), numa carta de D. Afonso III, endereçada aos alvazis e concelho de Silves, confirma-se a presença de uma significativa população de judeus na cidade, pois controlavam alguns moinhos e fornos, cobrando 1/8 pela moagem e 1/20 pela cozedura. Os vizinhos cristãos protestaram e obtiveram um abaixamento para 1/14 e 1/30, respectivamente. Entretanto, os judeus estavam obrigados a pagar os dízimos à igreja. Muito provavelmente, esta comuna judaica vinha da época muçulmana.
Séc. XIV
Neste século, apenas um documento, mas de importância relevante, apesar de ser um resumo, nos testemunha a presença dos judeus silvenses. Trata-de uma carta de D. Pedro I, dada em 22 de Junho de 1366, e que confirma à comuna de Silves "todos os privilégios, foros, liberdades e bons costumes que sempre usaram ter".
Séc. XV
A comuna dos judeus de Silves era ainda uma das mais importantes do Reino do Algarve e estava organizada como entidade administrativa e jurisdicional, com os seus próprios magistrados e oficiais e circunscrita num bairro, a chamada judiaria. Este bairro judeu situava-se, sensivelmente, entre as actuais ruas da Porta de Loulé, rua Dr. Francisco Vieira e rua do Mirante, encostado à muralha a oriente da Porta da Vila. Sabe-se que os judeus de Silves tinham a sua sinagoga e o seu cemitério, mas ignora-se a respectiva localização precisa. O Livro do Almoxarifado de Silves (ed. C.M.Silves, 1984), de meados do século. XV, faz referências ao "adro dos judeus" e à "rua que vai para a Judiaria", bem como a vários judeus que eram não só mercadores e artesãos, mas também agricultores.
Nas chancelarias régias, encontram-se muitos documentos sobre os judeus e a judiaria de Silves, já referenciados por Alberto Iria (O Algarve e os Descobrimentos, Os Judeus no Algarve Medieval) e por Maria José Pimenta Ferro Tavares (Os Judeus em Portugal no Séc. XV) e que, sucintamente, apresentamos:
1417 - Soleima Galego, Isaac Sensol e Fabibe tinham vinhas no termo de Silves.
1442, Dezembro, 5 - O regente D. Pedro deu cartas de contratos a judeus artesãos (Josepe Alore e Abraão Marquoixi, ferreiros; Salomão Tabay, Sem Tob Talavia e Judas Abenquabede, alfaiates; Judas Esperel e Mosse Falesse, sapateiros).
1449, Dezembro, 18 - O regente D. Pedro confirmou os privilégios dados pelos reis anteriores à comuna dos judeus da cidade de Silves.
1450, Fevereiro, 18 - D. Afonso V substituíu Vicente Martins, escrivão da portagem, da judiaria e da mouraria por Filipe Lourenço.
1450, Março, 10 - Carta de D. Afonso V, endereçada aos escrivães e rabis da cidade de Silves, faz mercê a Judas Neemias, morador naquela cidade, protegido do infante D. Henrique - e que devia estar ligado às actividades marítimas e comerciais do infante - de diversos privilégios e isenções: não pagar sisão, nem pedidos e peitas que pagam os outros judeus, nem sisa lançada pela comuna dos judeus, nem outros encargos e que possa andar em besta muar de sela. Refira-se ainda que Judas Neemias exercia o cargo de ouvidor da comuna dos judeus de Silves.
1450, Maio, 11 - Carta de confirmação de contratos à comuna de Silves.
1451, Abril, 5 - Carta de perdão a Jacob Esperel de queixa que dele dera Judas Neemias porque lhe dera muitas punhadas e o doestara de muitas e más palavras.
1454, Agosto, 1 - Judas Gaguim nomeado tabelião geral dos judeus do reino do Algarve.
1455, Julho, 8 - Referência a Sem Tob Abroz, morador em Silves.
1455, Dezembro - Referência a Salomão Alcabez e Mosse Alcabez, alfaiates.
1461 - O rabi dos judeus era Taba e teve licença para aforar uma tenda.
1471 - Carta de perdão a Samuel Cohem, porque seu sobrinho Isaque Alcabez, em seu poder e no serviço de alfaiate, foi por si castigado e agredido com punhadas e com uma tesoura, sem o ferir, mas veio a falecer ao cabo de uma hora. Foi preso e fugiu do castelo de Silves. Foi servir para Arzila na companhia de Afonso de Vargas, morador em Sevilha. O perdão das partes refere a família do judeu falecido: Dona Ouro, mãe, Aljofar, avó, Amada, tia, Cinta Alcabez, tia, Mousem Samuel, avô, Juda Alcabez, tio, Ester Cohen, tia, Moussem Azabam, tio, Faz Bona, tia, Salomão, tio, Moussem, primo.
1480, Fevereiro, 20 - D. Afonso V liberta os judeus de Silves de alguns encargos mais pesados.
1487, Fevereiro, 27 - Isaac Alferce pretendia comprar uns moinhos, junto à Portela da Gafaria, mas o aforamento deles foi feito a Diogo Valarinho, escudeiro.
1492 - O vedor dos judeus era Jacob Cohen.
1493 - Referências à família de Moisés Carrasco: Rina, Clara, Estrela, Jacob, Samuel, Cinfana, Juda.
Quando, nos primeiros dias de Dezembro de 1496, D. Manuel manda publicar o édito de expulsão dos judeus e mouros do Reino, a comuna judaica de Silves mantinha uma numerosa população que foi surpreendida com a ordem para abandonar o reino, até finais de Outubro de 1497, sob pena de morte e confisco de bens. Não sabemos, ao certo, se houve judeus de Silves que permaneceram por se terem convertido, ou se houve baptismos forçados de menores de 14 anos, nesta cidade. O que se conhece é o destino da sua sinagoga. Foi aforada como casa particular a Fernão de Morais, moço da câmara de El-Rei (Chanc. D. Manuel, Liv 31, fl. 75v).
Via: www.imprensaregional.com.pt
(23 de Julho de 2012)
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