terça-feira, 14 de abril de 2015

Yom Hashoah




“Podia mesmo acontecer, sobretudo para os que não entendiam alemão, que os prisioneiros nem sequer soubessem em que ponto da Europa se situava o campo onde estavam, e a que tinham chegado após uma viagem massacrante e tortuosa dentro de vagões selados. Desconheciam a existência de outros campos de concentração, eventualmente a poucos quilómetros de distância […] Em resumo, sentia-se dominado por um enorme edifício de violência e de ameaça, mas não podia construir uma representação deste porque os seus olhos estavam pregados ao chão pela necessidade de todos os minutos.”




Primo Levi, HaShok’im vehaNitzolim (Os que sucumbem e os que se salvam), Editora Teorema, 2008, pág. 13.








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