Tratou-se de uma unidade militar que serviu na II
Guerra Mundial, incorporada no exército britânico e, na verdade, em todas as
forças aliadas, como uma formação independente, nacional judaica e militar.
A Brigada Judaica foi composta principalmente por
judeus de Eretz Yisrael e teve o seu próprio emblema. A criação da Brigada foi
o resultado final dos esforços prolongados pelo Movimento Sionista para
conseguir a participação e a representação do povo judeu na guerra contra a
Alemanha nazi .
Em 1940, os judeus da Palestina tinham permissão
para se alistar em formações judaicas ligadas ao East Kent Regiment (o
"Buffs"). Estes grupos militares foram formados por três batalhões de
infantaria no recém-criado "Regimento Palestina." Os batalhões foram
transferidos para a Cirenaica e Egipto, mas, também, como na Palestina, eles
continuaram a ser empregues principalmente em missões de guarda. Os soldados
judeus exigiram participar na luta e no direito de hastear a bandeira judaica.
Numa carta dirigida a Chaim Weizmann em 1944, o
primeiro-ministro britânico Winston Churchill declarou, que seu governo estava
preparado "para discutir propostas concretas", em matéria de formação
de uma força de combate judaica.
Enquanto os judeus foram dispersos por todo o
exército britânico, a Agência Judaica queria concentrá-los em uma unidade
própria.
Weizmann e Churchill.
Churchill era muito mais receptivo à ideia do que o
seu antecessor, Neville Chamberlain.
Chamberlain desaprovou de todo a criação de uma
brigada composta por judeus, temendo que isso daria mais legitimidade ao anseio
dos mesmos pela independência nacional.
À medida que mais informações sobre a tragédia na
Europa vinham a público, os britânicos resolveram ceder às exigências sionistas
para uma unidade militar judaica.
Após anos de negociações prolongadas, o governo
britânico concordou com a criação de uma Brigada Judaica, formada em finais de
1944. Este grupo de combate, consistia em infantaria, artilharia e unidades de
serviço. Após um período de instrução no Egipto, a Brigada Judaica, com cerca
de 5.000 soldados, participaram nas batalhas finais da guerra na frente
italiana, sob o comando do judeu canadiano, brigadeiro Ernest Benjamin. Em Maio
de 1945, a Brigada foi transferida para o
Nordeste da Itália, onde, pela primeira vez, encontraram sobreviventes
do Holocausto.
No verão de 1946, as autoridades britânicas
decidiram dissolver a Brigada.
A experiência adquirida na Brigada Judaica e no
exército britânico, seria no futuro colocada em uso novamente já em Israel,
durante Guerra de Independência (1948).
Mais do que o seu valor militar, no entanto, a
Brigada Judaica serviu como um símbolo de esperança para renovar a vida judaica
em Eretz Israel. Os soldados da Brigada Judaica reuniram-se com sobreviventes
do Holocausto nos campos de deslocados, levando-os a cultura judaica e
sionista. A Brigada Judaica também foi fundamental para levar muitos dos
sobreviventes para a Palestina.
Fontes e fotografias de: www.flamesofwar.com
www.jewishvirtuallibrary.org
www.ushmm
wikipedia.org
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