segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Mais um pequeno passeio por terras de sefarad




Pinhel


Cidade portuguesa de 9.600 habitantes, situada na região da Beira e banhada pelo rio Côa. O seu nome deriva da grande quantidade de pinheiros existentes nessa zona.


Embora o foral de Pinhel de 1200 já regista a actividade comercial dos judeus aí residentes, a comuna judaica desta antiga cidade fronteiriça deve ter-se desenvolvido apenas no início do século XV. No final deste século, favorecida pela proximidade de Espanha, vê o número de habitantes judeus ascender a cerca de 200.




Numa clara referência aos Judeus vindos dos reinos de Espanha, em Pinhel houve um ditado popular bem satírico:

"Pires, Petras, Desterros e Galhanos, fugir deles são judeus castelhanos".

De facto, as famílias mais comuns correspondiam aos Barzelai, Amiel, Abenazum, Ergas, Cid, Adida, Cohen e Castro. 



No início do século XX, o movimento iniciado pelo Capitão Barros Basto, conhecido como a “Obra do Resgate” motivou as famílias de origem judaica a iniciarem a construção de uma sinagoga, e em 1931 chegaram mesmo a considerar-se publicamente judeus, celebrando o novo ano judaico.




Em 8 de maio de 1932 constitui-se a comunidade Israelita de Pinhel, cuja sinagoga ficou com o nome de “Shaaré Orah” (Portas da Luz). Mas os tempos conturbados da Segunda Guerra mundial voltaram a aconselhar discrição à comunidade de Pinhel, e actualmente é difícil encontrar referências à localização dessa sinagoga.




Fontes:


 (Por Caeiro)


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