Pinhel
Cidade portuguesa de 9.600
habitantes, situada na região da Beira e banhada pelo rio Côa. O seu nome
deriva da grande quantidade de pinheiros existentes nessa zona.
Embora o foral de Pinhel de 1200 já regista a actividade
comercial dos judeus aí residentes, a comuna judaica desta antiga cidade
fronteiriça deve ter-se desenvolvido apenas no início do século XV. No final
deste século, favorecida pela proximidade de Espanha, vê o número de habitantes
judeus ascender a cerca de 200.
Numa clara referência aos Judeus vindos dos reinos de
Espanha, em Pinhel houve um ditado popular bem satírico:
"Pires, Petras, Desterros e
Galhanos, fugir deles são judeus castelhanos".
De facto, as famílias mais comuns correspondiam aos
Barzelai, Amiel, Abenazum, Ergas, Cid, Adida, Cohen e Castro.
No início do século XX, o movimento iniciado pelo Capitão
Barros Basto, conhecido como a “Obra do Resgate” motivou as famílias de origem
judaica a iniciarem a construção de uma sinagoga, e em 1931 chegaram mesmo a
considerar-se publicamente judeus, celebrando o novo ano judaico.
Em 8 de maio de 1932 constitui-se a comunidade Israelita de
Pinhel, cuja sinagoga ficou com o nome de “Shaaré Orah” (Portas da Luz). Mas os
tempos conturbados da Segunda Guerra mundial voltaram a aconselhar discrição à
comunidade de Pinhel, e actualmente é difícil encontrar referências à localização
dessa sinagoga.
Fontes:
(Por Caeiro)
Sem comentários:
Enviar um comentário