sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Vivendo o Shabbat




 Dia Sagrado, de Festa e Alegria



Os últimos dias da Criação e o Shabbat, Haggadah de Sarajevo, séc. XIV, Espanha


   O painel acima representa os últimos dias da Criação e o Shabbat (lendo da direita para a esquerda, e de cima para baixo) – a criação do Sol e da Lua; dos pássaros e dos peixes; dos animais e do homem [Adam] (Gén. 1:3-31); na última iluminura, após a Criação, está retratado um homem descansando no sétimo dia:



«E D’us abençoou o sétimo dia e santificou-o, porque nele cessou toda a Sua obra»

(Gén. 2:3)


         Desde o pôr-do-sol de 6ª feira até ao pôr-do-sol de Sábado, todo o trabalho deve ser suspenso, para o cumprimento do Shabbat, tal como nos é ordenado no IV Mandamento:



«Lembra-te do dia de Sábado para o santificares. Durante seis dias trabalharás e farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é um Sábado para o Eterno, teu D’us. Nesse dia não farás qualquer trabalho, porque o Eterno abençoou o Sábado e o consagrou.»


     É sobre a santidade do Shabbat que nos fala o poema litúrgico Ki Eshmera Shabbat. O poema, do famoso Abenezra (Abraham ibn Ezra, 1092/Navarra-1167-?) explica que Shabbat é um dia solene, para estudar a Torah, com prazer e alegria.


Ki Eshmera Shabbat, El Yishmreini/ ot he l’olmei ad beino uveini
“Si observo el Shabbat, Dios me protegerá/es una señal eterna entre El e yo.”





Ki Eshmera Shabbat, Eduardo Paniagua/Jorge Rozemblum



      Shabbat é tempo para fazer uma pausa das tarefas quotidianas, descansar da agitação mundana; tempo para reflectir, para estar com a família e os amigos, para estudar a Torah. Shabbat é uma festa. Mas antes, há preparativos a fazer: é preciso limpar a casa com esmero, fazer a chalah, o pão entrançado com a sua massa leve de vaga doçura, com uma pitada de sal; é preciso cozinhar com antecedência, porque em Shabbat não se acende o lume; escolher uma toalha de alva brancura para pôr a mesa, preparar a taça para o kiddush, e, claro, preparar os castiçais e as velas de Shabbat. Pode ser tudo muito simples, mas preparado com desvelo.

     Vem a propósito referir uma receita muito popular entre os sefarditas, a Adafina, um cozido, que conhece algumas variantes. Vamos conhecer uma delas: 




Adafina por Elena Benarroch


          E eis que chega a hora de acender as velas, e de dizer a Bênção «Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste acender a vela de Shabbat», e o Shabbat começa. Em casa ou na sinagoga a celebração continua…


     Antes da refeição de 6ª feira à noite recitamos o Kiddush (Santificação), que começa com a bênção sobre o vinho, símbolo da alegria: «Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que criaste o fruto da videira». Depois, à volta da mesa há conversas, risos, e cantigas.

      “Dror Yikra”, um poema de Shabbat de Dunash Ben Labrat (Fez-Córdova, séc. X), é cantado desde há séculos com uma melodia que recorda os antigos modos ibéricos. Começa assim.


Deror yikrá lebén ‘im bat veintzarchem kemó babat
Ne ‘im shimchem vel-ó yiushbat shebú venuchu beyiom shabbat

Proclamará la libertad para todos sus hijos y os manterá
como las manzanas de su ojo, su nombre es agreable y no será
destruído: descansad y relajaos en Shabbat



Dror Yikra - The Parvarim - Ha'parvarim - guitarra




A travessia do Mar Vermelho, Rylands Haggadah, Catalunha, c. 1300



A liturgia prescreve orações especiais para o Sábado. No ofício da manhã de ShabbatShacharit de Shabbat -, canta-se Az Yashir Moshe – “A Canção de Moisés”: «Então cantaram Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Eterno» (Êxodo 15).

     Propomos a audição de Az Yashir Moshe, cantado com uma melodia sefardita. 



Az Yashir Moshe, Dayan Ivan Binstock and the Neimah Singers




Moisés no Monte Sinai com as Tábuas da Lei, Haggadah de Sarajevo


      Na tarde de Sábado estuda-se a Torah. A atenção recai sobre um comentário de Rashi, acerca dos Dez Mandamentos:


     «Os teus dois seios são como duas crias de corças, gémeas de uma gazela…» (Cântico dos Cânticos 4:5), é uma alusão às duas tábuas sobre as quais foram gravados os Dez Mandamentos, cada tábua «gémea» da outra. Os cinco mandamentos da primeira tábua correspondem aos cinco da segunda. (…) «Lembra-te do dia de Sábado» corresponde ao «Não levantarás falso testemunho, mentindo contra o próximo», porque aquele que profana o Sábado produz um testemunho de mentira contra o seu Criador declarando (pelo seu acto) que Ele não descansou no sétimo dia após a Criação.» E mais há para estudar, muito mais, mas é chegada a hora da Havdalah




Havdalah, Haggadah de Barcelona, séc. XIV


      Em Havdalah (separação), a cerimónia que encerra o Shabbat, pronunciada sobre um cálice de vinho em lembrança da alegria de Sábado, dizemos a bênção das especiarias (bessamim), para estimular os espíritos que sofrem com a partida do Shabbat; depois a bênção do fogo, à luz de uma vela entrançada, em lembrança da diferença entre luz e escuridão; por fim dizemos a bênção “Hamavdil”, assinalando a separação entre o sagrado e o profano, entre o sétimo dia e o resto da semana.


     “El Dio Alto” é uma oração de Havdalah muito famosa nas comunidades sefarditas dos Balcãs. No vídeo que apresentamos, as fotografias são quase todas de Belgrado, antes da II Guerra Mundial. Apesar do genocídio do povo judeu, “El Dio Alto”, à imagem do povo judeu, sobrevive.

     O Judaísmo ensina-nos a viver os acontecimentos sagrados, como o Shabbat, numa espécie de “santidade no tempo”; no Sábado tentamos estar em sintonia com essa “santidade no tempo”, que vai impregnando o nosso ser até habitar em nós, e é por isso que os nossos inimigos nunca o conseguiram destruir. Nem a nós!



El Dio Alto, piyut for Havdalah



El Dio Alto com Su gracia/nos mande muncha ganancia
Nos veamos mal ni ansia/a nos y a todo Yisrael.
(…)


Shabbat Shalom!


Este artigo foi elaborado e enviado por


Sónia Craveiro


Muito obrigada J


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma Herança Iluminada



Haggadot



Esta Hagadá profusamente ilustrada foi editada pelo rabino veneziano do século XVII e autor, Leone da Modena, que forneceu uma tradução judaico-italiana e um novo comentário Tseli Esh (assado no fogo), um resumo do comentário de Isaac Abravanel, ZeBaH Pesah (Páscoa oferenda sacrificial). As ilustrações retratam acontecimentos da vida do patriarca Abraão. No topo: Escolha do Abraão do seu filho mais novo, Isaque e da rejeição do mais velho, Ismael, é indicada pela colocação de Abraão, Sara, Isaac e na tenda central, enquanto Hagar e Ismael ficam sozinhos na tenda deles. Na parte inferior: o sacrifício de Isaac, (Seder Hagadá Shel Pessach (Páscoa Hagadá), Veneza, 1629, Seção hebraica, Biblioteca do Congresso Foto).




A edição da Hagadá de Veneza 1740 também tem uma tradução judaico-italiano, mas que se destina a apelar aos de língua iídiche, judeus alemães, bem como, para o hino Adir Hu (Exaltado Seja Ele) que aparece igualmente com uma tradução em judaico-alemão. O alfabeto acróstico hebraico é acompanhado por um iídiche exaltando as virtudes de D’us, Seder Hagadá Shel Pessach (Páscoa Hagadá), Veneza, 1740, Seção hebraica, Biblioteca do Congresso Foto).




A página de principal desta Hagadá exalta virtudes desta edição: uma multa de comentário e belas ilustrações dos milagres operados por D’us através dos nossos antepassados. Adicionado a isso, toda a viagem através do deserto até a divisão da terra entre as tribos, e uma representação do Templo, ele pode ser reconstruído e renovado, em breve, nos nossos dias, Amen, e assim pode ser que a Tua vontade. Gravado em placas de cobre pelo jovem Abrão bar Jacob, da família de Abraão, nosso Pai, [isto é, um prosélito ao judaísmo].

As ilustrações foram reproduzidas em várias edições subsequentes, até os dias atuais. Vemos Moisés e Arão perante o Faraó, os filhos de Israel escravizados no trabalho estão ao fundo, ( Seder Hagadá Shel Pessach (Páscoa Hagadá), Amsterdam, 1695, Seção hebraica, Biblioteca do Congresso Foto).




Dois comentários populares por Moisés Alscheich e Efraim Lenczycz foram adicionados às ilustrações populares feitas em muitas edições. A Hagadá é aberta para as ilustrações que descrevem a ordem do seder, (Ma’ale Bet Horin , Viena, 1823, Seção hebraica, Biblioteca do Congresso Foto).



Enviado por
Carlos Baptista


Obrigada J



Fonte:


Para descontrair: O que os outros dizem de nós!!!




Os judeus são tão forretas, tão forretas, 
mas tão forretas…



Que se fossem relógios…


Nem horas davam!!!!



Enviado por

Vitor Videira


Muito obrigada pela tua participação J

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Curiosidades judaicas!



Pinhel



Cidade portuguesa com cerca de 9.600 habitantes, está situada na região da Beira e é banhada pelo rio Côa. O seu nome deriva da grande quantidade de pinheiros existentes nessa zona.

Apesar do foral de Pinhel de 1200 já registar a atividade comercial dos judeus aí residentes, a comuna judaica desta antiga cidade fronteiriça deve ter-se desenvolvido apenas no início do século XV. No final deste século, favorecida pela proximidade de Espanha, vê o número de habitantes judeus ascender a cerca de 200.

Numa clara referência aos Judeus vindos dos reinos de Espanha, em Pinhel houve um ditado popular bem satírico: "Pires, Petras, Desterros e Galhanos, fugir deles são judeus castelhanos". De facto, as famílias mais comuns correspondiam aos Barzelai, Amiel, Abenazum, Ergas, Cid, Adida, Cohen e Castro.

No início do século XX, o movimento iniciado polo capitão Barros Basto, conhecido como a “Obra do Resgate” motivou as famílias de origem judaica a iniciarem a construção de uma sinagoga, e em 1931 chegaram mesmo a considerar-se publicamente judeus, celebrando o novo ano judaico.

Em 8 de maio de 1932 constitui-se a comunidade Israelita de Pinhel, cuja sinagoga ficou com o nome de “Shaaré Orah” (Portas da Luz).
Os tempos conturbados da Segunda Guerra mundial voltaram a aconselhar discrição à comunidade de Pinhel, facto pelo qual atualmente é difícil encontrar referências à localização dessa sinagoga.




Fontes: 


sábado, 25 de janeiro de 2014

Agenda para dia 29|01|2014




Presenças autorizadas somente mediante confirmação para os contactos indicados.

Telfs: 21 391 90 08 21 391 75 66


Fonte:


Agenda para dia 27|01|2014




DIA DA MEMÓRIA – PARA NÃO ESQUECER
Projeção do documentário AUSCHWITZ 2006
De Saveiro Costanzo |2007| 49 min.| Leg. Italiano



ISTITUTO ITALIANO DI CULTURA DI LISBONA

 Rua do Salitre, 146
 1250-204 Lisboa – Portugal


Tel.: + 351 213884172
 Fax: + 351 213857117

E-mail: iiclisbona@esteri.it
Web: www.iiclisbona.esteri.it




Segunda-feira, 27 de janeiro de 2014 às 19h00
Sala Cinema do Instituto Italiano de Cultura

Lotação limitada. Reserva obrigatória pelo telefone. 213 884 172


Em 2006 o Presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, e a comunidade Hebraica organizaram para 250 estudantes de um liceu romano uma visita ao campo de extermínio de Auschwitz, acompanhados pela máquina de filmar do realizador Saveiro Costanzo. Uma viagem pela memória com imagens do presente que se alternam às de arquivo extraídas de filmes do Istituto Luce, tornando evidente que o Holocausto não pertence apenas ao passado.



Fonte:

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Shalom, Mirembe!




Música dos Abayudaya


Sinagoga Moisés da comunidade Abayudaya, Uganda
Fotografia de Jono David


Shalom, Mirembe!, uma criação dos Abayudaya, em parceria com a artista israelita Irene Orleansky, faz parte de uma colecção de músicas de judeus de África e da Ásia .



Shalom, Mirembe – Abayudaya & Irene Orleansky


    Abayudaya (Aba Yudaya), que no dialecto bantu-luganda quer dizer “Povo de Judah”, é o nome de uma comunidade de judeus do Uganda, fundada em 1919 por Semei Kakungulu.

     Em Fevereiro de 2002, um beit din (tribunal rabínico), composto por rabinos do Movimento Conservador (Movimento Masorti na Europa), levou a cabo a conversão de centenas de membros da comunidade Abayudaya, formalizando assim a situação dos judeus do Uganda aos olhos da comunidade judaica internacional. 

    À frente da comunidade está o rabino conservador Gershom Sizomo, que foi ordenado na American Jewish University, em Los Angeles. 



Vila de Nabugoye, dos Abayudaya, com monte Elbon ao fundo
Fotografia de Jono David


    Actualmente, a maioria da comunidade vive perto da Sinagoga Moisés, na vila de Nanayoyi, nos arredores da cidade de Mbale. Outros Abayudaya vivem em pequenas aldeias, mais distantes de Mbale.

     A comunidade, para além da sinagoga, possui uma série de infraestruturas como duas escolas judaicas (elementar e secundária), uma clínica médica, uma residência para convidados e uma yeshiva, todas fundadas sob os auspícios do Movimento Conservador. 



Crianças Abayudaya
Fotografia joyofcolor.com



E por que se aproxima o Shabbat, propomos a audição de Lecha Dodi na versão dos Abayudaya.



L'cha Dodi Abayudaya Jews of Uganda


Shabbat Shalom!


Nota: segundo informações da Shavei Israel, ainda em 2008, cerca de 130 Abayudaya esperavam pela conversão ortodoxa.


 Fontes:


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Outras vítimas do Holocausto:



CIGANOS NO HOLOCAUSTO


UM OLHAR SOBRE O GENOCÍDIO DO POVO CIGANO


Crianças ciganas tocando violino numa rua de Budapeste, Hungria, 1939
Fotografia de William Vandivert


   A noite de 9 de Novembro de 1938 ficou nos anais da História, como Kristallnacht, ou “A Noite de Cristal”. Nessa noite, os nazis profanaram milhares de sinagogas, assassinaram cerca de cem judeus, e prenderam outros tantos milhares. Kristallnacht marcou o início de uma era de terror, ódio, e perseguição ao povo judeu, que os nazis classificaram como ”raça inferior”. Mais importante, Kristallnacht enviou uma mensagem ao público em geral: a violência contra os judeus era aprovada pelo Estado. 



Marzahan, o primeiro campo de concentração para ciganos na Alemanha (data incerta) – Landesarchiv Berlin

    Para os Romani (ciganos), a brutalidade policial nazi começou mais cedo. Entre 18 e 25 de Setembro de 1933, o Ministro do Interior e da Propaganda, a coberto da “Lei contra os criminosos habituais”, ordenou a prisão de ciganos por toda a Alemanha. No entanto, a acção militar mais significativa ocorreu no Verão de 1938, entre 12 e 18 de Junho, quando foi ordenada a “Semana da limpeza dos ciganos” – Zigeuneraufräumungswoche. Na Alemanha e em Áustria foi “aberta a caça” aos ciganos; presos aos milhares, foram espancados e encarcerados. 


Deportação de famílias ciganas, de Áustria para a Polónia - Setembro a Dezembro de 1939 – Dokumentationsarchiv des Oesterreichichen Widerstandes


     Entre 1933 e 1945, os ciganos, classificados pelo regime nazi como “associais” e de “raça inferior”, foram vítimas de perseguições e assassínio em massa. Muitos foram deportados para campos de concentração e de extermínio, sujeitos a trabalhos forçados, e submetidos a esterilização.


Sobreviventes ciganos durante a libertação de Bergen-Belsen, Alemanha, 1945 -
Bildarchiv Preussicher Kulturbesitz


   Após a queda do Terceiro Reich, não se conhecem esforços dos libertadores para orientar os sobreviventes ciganos. Aliás, muitos permaneceram escondidos nos campos abandonados, com medo de serem presos. O povo cigano continuou, assim, vítima de preconceitos há muito enraizados na mentalidade ocidental, tão bem “justificados” por especialistas raciais nazis que, partindo da premissa de que todos os ciganos são criminosos, pretendiam determinar cientificamente a relação da hereditariedade com a criminalidade. 



Nelly Maltseva em dança cigana romani


     Latcho Drom (“Uma Jornada Segura”) é um documentário francês, escrito e dirigido por Tony Gatlif, exibido na rubrica Un Certain Regard no Festival de Cannes de 1993. O filme, conduzido pela música, fala sobre a jornada dos ciganos, desde o Noroeste da Índia até Espanha.

     Para terminar este artigo, escolhemos dois excertos desse filme: o primeiro passado na Eslováquia, com uma sobrevivente de Auschwitz – Margita Makulová -, que canta “Aušvits – Pássaro Negro”, lembrando o isolamento e o desespero, simbolizados pela imagem de um pássaro negro, que traz consigo mensagens da Terra dos Mortos. 


“O pássaro negro entrou no meu coração e roubou-o/Aqui vivo em Aušvits, em Aušvits tenho fome/Não há um pedaço de pão para comer.
Não há nada para comer/ esta é a minha má sorte
Uma vez tive uma casa/Tenho tanta fome que podia matar. Oh, oh, Jesus, oh, oh.”



Latcho Drom - Holocausto


  O segundo, passado na Roménia, onde um grupo de músicos se reúne alegremente, para festejar a vida em liberdade depois da era de terror de Nicolae Ceausescu. 



Latcho Drom - Taraf de Haidouks


Quando os nazis levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"
Adaptação de Martin Niemöler do poema sobre o Nazismo “E Não Sobrou Ninguém”, de Vladimir Mayakovsky




Artigo elaborado e enviado por

Sónia Craveiro


Muito obrigada pela participação J




Fontes: